Invento suas mãos.
imaginando seu toque em mim
depois um dia longo e cansativo.....
Invento a rua que recebe teus passos de manhã.
quando foge para sua outra vida.......
Invento olhos percebendo o dia que começa.
para que possa olhar os sonhos
o dia é uma escada branca
onde as pessoas penduram possibilidades:
escolhas de chuva
ou
sol,
vento....
tempestades....
metereologia dos sentidos.
Há no peito garras que arranham,
que fazem as feridas não cicatrizarem
rios de lágrimas
que não secam,
buscas intermináveis.
muita saudade
e....um vazio imenso
Invento tréguas para o que dói
e dou ao tempo
a chance de me ver forte ainda.
Numa tapeçaria disforme,
construo
personagens,
bordados com linhas de imaginação
seus lugares,
seus propósitos.........
Mais.....
quando acordo,
sou eu a
inventada por eles,
donos absolutos da minha história.
dessa historia que não inventei para mim
mais que a vida inventou
A vida às vezes inventa mesmo as nossas próprias histórias...
ResponderExcluirBelíssimo poema, gostei imenso.
Beijos.
os tapetes que pisamos, as pegadas que cravamos, os inumeros desejos desfeitos feito linhas desfiadas, há inumeros dias, intermináveis costuras e trançados, como os dias amanhecidos bordados em manhãs ainda noturnas, dos dias que nunca amanhecem e noites sempre sonhadas, assim faz uma veste, entre fios e poemas, uma vida.
ResponderExcluir